Revolução Iraniana
A Revolução
Islâmica fez do Irã uma república baseada nos
preceitos religiosos do islamismo.
O Irã é um país do
Oriente Médio muito presente nos noticiários por conta de seu governante
autoritário e agressivo. Muito do que o país é hoje é fruto de uma revolução
ocorrida na década de 1970 que colocou os dogmas da religião islâmica acima de
todos os valores democráticos comuns nos outros países do mundo.
Xá Mohammad Reza Pahlevi |
Na
década de 1970 o Irã era governado pelo xá Reza Pahlevi, o qual
desenvolvia um governo concentrando os poderes em um pequeno círculo de amigos
e aliados. Desde a década de 1940 o líder do país se mantinha no governo do
Estado, sem se preocupar muito com as diferenças entre os pobres e os ricos,
esta se intensificou no decorrer da década de 1970. O regime do xá Reza Pahlevi
gerava críticas ao plano econômico, mas principalmente quanto ao seu modo autoritário
de conduzir a política no país.
Somente
no ano de 1979 que o líder da oposição conseguiu retornar ao Irã, no dia 1º de
fevereiro, o que intensificou um quadro de estabilidade social e protestos. Nas
vésperas do retorno de Khomeini ao Irã, a população do país deu início a um
levante de oposição ao tipo de governo desenvolvido pelo xá Pahlevi, a chegada
de Khomeini fez aguçar os protestos. Por vários lugares estouraram os
confrontos entre os opositores e os partidários do regime vigente.A
monarquia autoritária do xá possuía grande afinidade com o Ocidente, o que
suscitava mais críticas dos opositores. O personagem com voz mais expressiva na
oposição ao governante do Irã era o aiatolá Ruhollah
Khomeini. O líder religioso e da oposição vivia exilado em Paris e de lá
mesmo comandou as forças de oposição ao governo do xá, defendendo reformas
sociais e econômicas no Irã, além de recuperar os valores religiosos e
tradicionais do islamismo.
Jovem aiatolá Ruhollah Khomeini |
O
clima de enfrentamento no país se intensificou e atingiu níveis cruéis para o
Irã. Além dos protestos violentos, greves foram deflagradas em protesto e
atingiram em cheio o seio da economia iraniana. Opositores de esquerda,
liberais e xiitas, todos se uniram
contra o governante em função e deram início a um processo revolucionário.
Finalmente,
em 1979, o xá Pahlevi foi deposto do poder, no dia 1º de abril, e o Irã foi
declarado uma República Islâmica. Reza Pahlevi fugiu do país e o aiatolá
Khomeini assumiu o cargo de chefe religioso e governante do país. A Revolução
Islâmica alterou profundamente a estrutura social do país, estabelecendo novas
doutrinas que passavam em primeiro lugar pela questão religiosa. O processo
revolucionário que inicialmente era guiado por anseios democráticos e de
melhorias das condições de vida dos iranianos, resultou no governo de um chefe
religioso que transformou o país em um Estado teocrático.
A
postura do governo assumida pelo novo chefe do país foi extremamente radical,
novas leis, baseadas no islamismo, entraram em vigor, e uma ação de militantes
islâmicos tomou americanos como reféns na embaixada dos Estados Unidos em
Teerã. O Irã decretava o fim das afinidades com os Estados Unidos e o
rompimento das relações.
Ao
longo da Guerra Fria, o governo iraniano se posicionou
como opositor dos Estados Unidos e também da União Soviética. Por se tratar de
um Estado fundamentado nas doutrinas religiosas do islamismo, a questão em
vigor era declarar inimizade com os “infiéis”, fossem capitalistas ou
socialistas. A revolução mudou a vida dos iranianos, os castigos corporais
foram liberados, a pena de morte entrou em vigor contra os defensores do xá,
prostitutas, homossexuais, marxistas e judeus, além de hábitos ocidentais como
vestuário, minissaia, maquiagem, música ocidental, jogos e cinema.
A
postura do governo iraniano se manteve radical mesmo após a Guerra Fria, Bill
Clinton chegou muito perto de reabrir diálogos com o Irã, mas seu
sucessor na presidência dos Estados Unidos, George W. Bush, colocou
o país no “eixo do mal”, juntamente com Iraque e Coréia do Norte. Desse modo,
as relações voltaram a uma situação extrema, até hoje o diálogo do Ocidente com
o Irã é complicado. Seu atual governante, Mahmoud Ahmadinejad, também
segue uma linha autoritária fundamentada nos preceitos religiosos do islamismo,
defendendo ainda posturas radicalíssimas. Recentemente, somente o presidente
brasileiro, Luís Inácio “Lula” da Silva, conseguiu progredir nas
relações amistosas com o país, mas o restante do mundo ainda tem receio em
dialogar com o Irã por conta de suas decisões autoritárias, pelo interesse em
possuir armas nucleares e as afinidades com o terrorismo.
Matéria em vídeo:
A revolução iraniana (parte 1 de 3):https://www.youtube.com/watch?v=k2VA2Auo9Fw
A revolução iraniana (parte 2 de 3):https://www.youtube.com/watch?v=rsF9VgxQIlI
A revolução iraniana (parte 3 de 3):https://www.youtube.com/watch?v=9i-h7IHEq3o
Fontes:(Para saber mais!)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolução_Iraniana
Comentários
Postar um comentário